Uma (breve) visita à cidade Invicta


Em Novembro de 2015 tive a oportunidade de ir ao Porto durante uns dias, e consegui explorar um pouco da cidade. É certo que ainda ficou muito por descobrir, mas foi um bom conheço! Deixo aqui algumas dicas e informações práticas, que podem ser úteis. Vamos a isso?

História e geografia
As origens da cidade do Porto são remotas, existindo vestígios pré-históricos como antas, castros e citânias. Na época pré-romana, foram construídos dois portos nas duas margens do rio Douro: na margem direita Portus e na margem esquerda Cale. Estes dois nomes viriam a formar Portus Cale, sendo a origem do nome Portugal. Por lá, passaram suevos, vândalos, fenícios, gregos e romanos. Foi testemunha de cruzamentos de culturas em sucessivas ocupações, tendo sido várias vezes invadida e cercada por diferentes povos. A cidade desempenhou também um papel fundamental na defesa dos ideias do liberalismo, nas batalhas do século XIX. Pela coragem com que suportou o cerco das tropas de D. Miguel durante mais de um ano, a rainha D. Maria II atribuiu-lhe o título de Invicta Cidade do Porto. Actualmente, o seu território tem uma área de 45km² e cerca de 240 mil habitantes, sendo a segunda maior cidade de Portugal. O seu centro histórico é Património Mundial da UNESCO desde 1996, com o estatuto de Cidade Património Mundial. Em 2001, foi Capital Europeia da Cultura, juntamente com Roterdão.


Quando ir
Qualquer altura é boa para se ir ao Porto. No entanto, há algumas coisas a ter em consideração. Se não gostas de multidões, será melhor agendares a visita para a primavera. As temperaturas são mais amenas, já há algum sol, e consegue-se fugir um pouco aos preços mais elevados do verão. No outono também se consegue apanhar bom tempo. No início de Novembro, ainda apanhei dias de sol e uma temperatura bastante agradável. O verão, esse, é uma época cheia de festas e festivais, incluindo a famosa festa de São João (nunca fui, mas dizem que é uma festa a não perder). A maior parte da chuva ocorre entre Outubro e Abril.

Como chegar
De Portugal (e do estrangeiro também) existem várias alternativas para se chegar ao Porto: carro, autocarro, comboio e avião. Se preferires ir de carro, para além do Google Maps existem sites como o Via Michelin, que podem ser úteis para calcular o custo total da viagem, fazendo uma estimativa do gasto com combustível e portagens. Querendo ir por estrada mas não a conduzir, existem diversos autocarros que ligam vários pontos do país à cidade do Porto, pela Rede Expressos. Feitas bem as contas, se for um grupo de pessoas, na maior parte dos casos fica mais económico ir de carro do que de autocarro. De comboio, a CP dispõe do Intercidades e do Alfa Pendular (este último é um pouco mais caro, mas mais confortável e com Wi-Fi gratuito). Existem vários descontos, como o de 40% para compras com 5 dias de antecedência. Para viagens de avião, e partindo de Lisboa, é possível utilizar tanto a TAP Portugal como a Ryanair. É importante não esquecer que o avião, apesar de ser mais rápido, conta ainda com o tempo do check-in (para quem não o fizer pela Internet) e da passagem pela segurança no aeroporto. Para além disso, o aeroporto Francisco Sá Carneiro fica a cerca de 30 minutos de comboio do centro da cidade do Porto.

Eu, que adoro comboios, parti de Lisboa-Santa Apolónia com destino a Porto-Campanhã pelo Intercidades da CP. A viagem dura cerca de 3 horas.


Por onde andei
Acho que as cidades devem ser exploradas a pé, pelo que foi esse o meio de transporte que utilizei na maior parte dos trajectos. Andei um pouco por toda a cidade, da Casa da Música ao Palácio de Cristal, passando pela Torre dos Clérigos e pela Avenida dos Aliados. Andei ainda entre Porto e Gaia, percorrendo a Ponte Luiz I. Visitei a Estação de São Bento e as Igrejas do Carmo e dos Carmelitas, com os seus azulejos. E claro, comi uma Francesinha e explorei uma cave de vinho do Porto. Foi um fim-de-semana em cheio, com muita descoberta.

Preparei uma série de mensagens sobre alguns dos pontos de interesse desta linda cidade banhada pelo rio Douro, que vão sendo partilhadas aos poucos. No mapa podes ver os principais locais por onde passei (os que estão a verde têm mensagem no blogue, carrega para ver!).



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