Amesterdão, a cidade dos canais

A viagem começou cedo, com o avião a sair do aeroporto de Lisboa às 7h05, com destino a Amesterdão, nos Países Baixos. O aeroporto de Amesterdão-Schiphol fica a cerca de 15 quilómetros da cidade, pelo que é necessário apanhar um transporte para se chegar ao centro. Preferimos utilizar o comboio, que nos leva até à estação central, porque pára bem no centro da cidade (e perto do hostel onde íamos passar as noites). O bilhete de 2ª classe custou 4,10€. Para além do comboio, também existem autocarros e táxis. O sistema de transportes é bastante eficiente, as viagens de e para o aeroporto são regulares e demoram cerca de meia hora, independentemente do transporte escolhido.



Canais a perder de vista
Amesterdão é também conhecida como a Veneza do Norte, e não é por acaso. A cidade tem mais de 100 quilómetros de canais e 1500 pontes. Diversas empresas fazem cruzeiros pelos canais, que duram por volta de 1 hora. A oferta é muita e os preços podem variar, pelo que aconselho a estudar as hipóteses. A viagem vale a pena, uma vez que se tem uma outra perspectiva da cidade. Amesterdão tem limitações de espaço devido aos seus canais, e os prédios são estreitos e de baixa estatura, pelo que existem muitas casas-barco ao longo do rio Amstel. Existe uma taxa pela utilização do rio para habitação. Dependendo do local onde a casa-barco está parada, o valor a pagar varia bastante, podendo ter um custo mais elevado do que uma habitação convencional.


Andar no meio de bicicletas
Sendo uma cidade totalmente plana, com ruas estreitas e sem grande espaço para estacionamento automóvel, a bicicleta é um meio de transporte bastante utilizado. No entanto, o seu estacionamento pode-se tornar caótico, assim como tentar andar pelas ruas sem chocar com ninguém, apesar de existirem vias próprias para bicicletas. Os acessórios são muito variados, existindo campainhas de diversas cores e feitios, cestos coloridos para colocar as compras, alforges e bolsas mais sóbrias para levar os documentos do trabalho, e até atrelados para bebés e crianças.


Museus, monumentos e pontos de interesse
Existem muitos museus e locais interessantes, e o tempo não dá para tudo. Tivemos de fazer uma selecção, e acabámos por visitar os seguintes locais: mercado de flores (primeira fotografia)Casa de Anne Frank, Body WorldsMuseu van GoghHermitageMuseu Histórico dos Judeus, Memorial do Holocausto e Sinagoga PortuguesaCasa de RembrandtIgreja de Nosso Senhor do Sótão (segunda fotografia)Igreja Oude (terceira fotografia)Igreja De Nieuwe e o parque VondelparkInfelizmente, não é permitido tirar fotografias na maior parte dos museus, pelo que muitos dos locais não posso mostrar aqui. No geral, as entradas são bastante caras, e é aí que entra o I amsterdam City Card. Comprámos o cartão com duração de 48 horas por 59€, o que nos permitiu entrar em museus e andar em todos os transportes públicos, assim como fazer um cruzeiro no rio Amstel. O cartão tem ainda outras vantagens e descontos, que valem muito a pena. Sem dúvida que o seu preço é elevado, mas o cartão foi mais barato do que a soma dos bilhetes comprados individualmente. Sim, Amesterdão é uma cidade cara para quem quer história e cultura.


O outro lado de Amesterdão
Para algumas pessoas, principalmente os mais jovens, Amesterdão é sinónimo de festa. No Red Light District existem alguns cafés, os chamados coffeeshops, onde é autorizado o consumo de drogas leves. Também podemos encontrar sex shops, bares onde decorrem espectáculos eróticos e sexo ao vivo e um museu do sexo. A prostituição é legalizada, e as mulheres (se existem homens, não os vi) encontram-se atrás de janelas e portas de vidro, como se fosse uma montra, que são facilmente identificáveis pela luz vermelha que existe por cima ou nos lados. Por razões óbvias, não é permitido tirar fotografias. À noite, as ruas do Red Light são invadidas por curiosos, na sua maioria estrangeiros, que se acotovelam para ver melhor.

Curiosidades
Devido às limitações de espaço que referi anteriormente, os prédios são bastante estreitos, por forma a se conseguir ter um maior número de habitações. No entanto, devido a esse facto, quando se quer mobilar uma casa não se consegue levar os móveis pelas escadas (evidentemente, também não existe espaço para elevador). Assim, as casas foram construídas com alguma inclinação para a frente, e com um gancho no seu topo. Esta construção permite que as mobílias sejam içadas, para entrarem pela janela, sem que batam na parede do prédio ao longo da subida.


Até Berlim!

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